Dia 22 de Dezembro, a minha prima faz 22 anos. Seria suposto ficar feliz por ela, mas não fico. Sinto uma certa melancolia, uma saudade, vontade de voltar atrás no tempo.
Atrás porque o nome dela foi das primeiras palavras que eu disse, foi para ir para perto dela que dei os primeiros passos, era a minha fada e eu adorava-a. Mas as pessoas crescem e talvez pela confiança que ela depositava em mim, contou-me tudo aquilo que eu preferia nunca ter ouvido, fez de mim a sua confidente. E conforme confessava, eu já não via a minha prima, mas sim outra pessoa, alguém que não conhecia, que as suas palavras apenas me criavam um nó na garganta. Afinal, ela não era mais a pessoa que eu conhecia ou imaginava.
E agora faz vinte e dois anos. Não tem objectivos, não tem sonhos, não tem vida. E quando penso nela, apenas uma palavra me vem à mente: decepção.
Mas como me disse há uns anos, quando eu fiquei a saber que ela não era a pessoa que eu pensava Oh és apenas uma miúda, um dia talvez me percebas. Já tenho praticamente a idade dela quando mo disse e felizmente continuo a não perceber.
Seja como for, faz vinte e dois anos. Eu só peço que seja desta vez que ela ganhe juízo.
Ando com imenso trabalho! Isto de festa de Natal para a minha mãe é quase como o apocalipse! Está praticamente a entrar em pânico com tudo o que há para fazer e com o pouquíssimo tempo que temos para o fazer! Acho que ainda não é hoje que vou ao starbucks do chiado